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(06) Ṛta—Sūrya e o Sūrya Namaskār(a): Ordem cósmica e prática.

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    INatha
  • 18 de ago.
  • 10 min de leitura

Atualizado: 20 de ago.



Resumo 

Este ensaio investiga, com aparato filológico, histórico‑ritual e hermenêutico, a relação entre ऋत (ṛta)—a ordem cósmica védica—e सूर्य (sūrya) no campo das práticas que a modernidade consagrou sob o nome Sūrya Namaskār(a) / सूर्यनमस्कार. Argumenta‑se que os namaskāra solares corporificam uma liturgia cinética que atualiza, na esfera psicofísica do praticante, a inteligibilidade do ऋत, mediada pelo ciclo diurno, pelos ऋतु (ṛtu, estações) e pelo ethos védico que transforma visão de mundo (darśana) em gesto (karman). A análise entrelaça fontes védicas (Ṛgveda, Brāhmaṇa, Āraṇyaka, Upaniṣad), textos clássicos (Yoga‑sūtra), tratados medievais do haṭha‑yoga (हठयोग) e a história moderna dos arranjos posturais conhecidos como saudações ao Sol, discutindo ainda mantras, cronobiologia tradicional (sandhyā), pedagogia, variantes e limites interpretativos.


1. Introdução: nome, alcance e problema

A expressão Sūrya Namaskār(a) combina सूर्य (Sūrya, o Sol) e नमस्कार (namaskāra, reverência). Embora o gesto de venerar o Sol seja antiquíssimo no universo védico, os encadeamentos posturais hoje correntes (sequências de 8–12 movimentos sincronizados à respiração) são arranjos relativamente recentes no plano histórico (séculos XIX–XX), consolidados em escolas de educação física e yoga do sul e oeste da Índia. Isso não diminui sua espessura tradicional; ao contrário, tais sequências funcionam como rituais corporificados que traduzem a cosmologia védica da ordem—ऋत (ṛta)—em praxis rítmica.


Questão central: de que modo a prática chamada Surya Namaskar pode ser compreendida como atualização de ṛta? Hipótese: (a) como relação tempo‑corpo que harmoniza prāṇa (प्राण) ao ciclo dia–noite; (b) como economia solar‑lunar própria do haṭha (ha = solar, ṭha = lunar, na exegese tardo‑medieval), orientada à centralização em suṣumṇā (सुषुम्णा); (c) como disciplina (niyama) que reconduz gesto, respiração e atenção à inteligibilidade do real, descrita por Patañjali como “ऋतंभरा तत्र प्रज्ञा – ṛtambharā tatra prajñā” (YS 1.48), uma sapiência portadora de ṛta.


2. ऋत (ṛta) no horizonte védico

ऋत designa a ordem verdadeira, medida e eficaz, anterior e superior à ação humana, que estrutura cosmos, sacrifício e linguagem. O Ṛgveda canta:

“ऋतं च सत्यं चाभीद्धात् तपसोऽध्यजयत”ṛtaṃ ca satyaṃ cābhīddhāt tapaso ’dhy ajāyata (ṚV 10.190.1)


Do ascetismo (tapas) emergem ṛta e satya; ordem e verdade não são convenções, mas princípios geradores. Entre os Āditya (आदित्य)—Mitra, Varuṇa, Aryaman, Bhaga, etc.—Sūrya se torna o olho da ordem (cakṣus), sua evidência luminosa. A metáfora do ano como roda de doze raios inscreve a regularidade temporal do ṛta:

“द्वादशारं नाभिमेकं” — dvādaśāraṃ nābhim ekaṃ (ṚV 1.164)


O Sol aparece como regente do ritmo que torna legível o todo. Da mesma raiz derivam ऋतु (ṛtu), as estações: os tempos adequados que regulam sacrifícios e ações. O rito (yajña) é imitação eficaz do ṛta; a liturgia, seu algoritmo.


3. Sūrya e Savitṛ: luz, impulso e testemunho

O Ṛgveda distingue सूर्य (Sūrya) e सवितृ (Savitṛ): este, o impulsionador (de √sū, “impelir”), aquele, a esfera sensível do astro visível. No hino ṚV 1.50, Sūrya é louvado como o que revela caminhos e separa dia de noite. A Gāyatrī‑mantra da tradição brāhmaṇica invoca Savitṛ em sandhyā‑vandanam (ritual das junções do dia):

“ॐ तत्सवितुर्वरेण्यं भर्गो देवस्य धीमहि। धियो यो नः प्रचोदयात्॥”oṃ tat savitur vareṇyaṃ bhargo devasya dhīmahi | dhiyo yo naḥ pracodayāt ||


No horizonte brāhmaṇico e upaniṣádico, o Sol torna‑se testemunha (sākṣin) e via metafísica (arcana solar, uttarāyaṇa). O Āditya‑hṛdayam do Rāmāyaṇa glorifica Sūrya como síntese dos devas e sustentáculo do dharma. A teologia védica da luz desemboca numa mística do discernimento: ver o que é como é—ṛta—é saber mover‑se conforme ele.


4. De ऋत a धर्म (dharma) e ao ethos do Yoga

Filologicamente, a passagem de ṛta a dharma (na literatura pós‑védica) fixa a ordem em norma: o que sustém. No plano existencial, Yoga é o conjunto de técnicas de centralização da atenção e de purificação das oscilações mentais (citta‑vṛtti‑nirodha). Patañjali descreve um estado cognitivo no qual a inteligência é “portadora de ṛta” (ऋतंभरा प्रज्ञा): a prática correta não cria a ordem; ela se alinha a ela. O que nas liturgias védicas era sacrifício torna‑se, no corpo do yogin, sacrifício respiratório, postural e atencional.


5. Economia solar‑lunar do haṭha‑yoga (हठ)

A tradição do haṭha articula o corpo sutil por meio de nāḍī e vāyu (canais e ventos). Na exegese tardo‑medieval: hasolar (piṅgalā, पिङ्गला), ṭha ≈ lunar (iḍā, इडा); sua confluência estabiliza suṣumṇā. O léxico solar atravessa técnicas como sūrya‑bhedana prāṇāyāma (सूर्यभेदन प्राणायाम)—ativação do nāḍī direito por inspiração na narina direita e expiração pela esquerda. Tratados como Haṭhayogapradīpikā, Gheraṇḍa‑saṃhitā e Śiva‑saṃhitā não codificam uma sequência chamada “Sūrya Namaskār” tal como hoje se pratica, mas oferecem a gramática somato‑respiratória que a tornou possível: āsana, vinyāsa, bandha, mudrā e prāṇāyāma como técnica de reintegração.


Nota filológica. Haṭha em suas fontes mais antigas significa sobretudo “vigor/força, esforço direcionado”. A etimologia esotérica ha = Sol / ṭha = Lua surge explicitamente em materiais tardo‑medievais e comentários modernos; é útil como hermenêutica simbólica, mas não deve ser projetada anacronicamente sobre todos os textos.


6. Sūrya Namaskār como liturgia cinética do ṛta


6.1. Ritmo e gesto

O encadeamento típico (12 “meios‑ciclos” por lado) organiza puraka–recaka (inspiração–expiração) e kumbhaka (retenção, quando prescrita) como ofício respiratório: cada saudação é um yajña minimalista, no qual o prāṇa é a oblação e o foco atencional (dṛṣṭi) é o altar. Ao alinhar coluna, cintura escapular e pelve com a trajetória do Sol (leste‑oeste) e com as sandhyā (amanhecer/crepúsculo), o praticante espelha em si o movimento regular do astro: o gesto toma a medida do dia.


6.2. Mantras e adhikāra

Um uso difundido associa a cada passagem um epíteto solar (não são “mantras védicos” no sentido estrito, mas stotra‑nāma tradicionais):


  1. ॐ मित्राय नमः — oṃ mitrāya namaḥ

  2. ॐ रवये नमः — oṃ ravaye namaḥ

  3. ॐ सूर्याय नमः — oṃ sūryāya namaḥ

  4. ॐ भानवे नमः — oṃ bhānave namaḥ

  5. ॐ खगाय नमः — oṃ khagāya namaḥ

  6. ॐ पुष्णे नमः — oṃ puṣṇe namaḥ

  7. ॐ हिरण्यगर्भाय नमः — oṃ hiraṇyagarbhāya namaḥ

  8. ॐ मरीचये नमः — oṃ marīcaye namaḥ

  9. ॐ आदित्याय नमः — oṃ ādityāya namaḥ

  10. ॐ सवित्रे नमः — oṃ savitre namaḥ

  11. ॐ अर्काय नमः — oṃ arkāya namaḥ

  12. ॐ भास्कराय नमः — oṃ bhāskarāya namaḥ


Observação: “Ravi/रवि” e “Arka/अर्क” são nomes pós‑védicos correntes; “Mitra/मित्र” e “Āditya/आदित्य” têm claro pedigree védico. Linhagens variam na ordem e nos nomes; o princípio não é mágico‑numerológico, mas mnemotécnico‑devocional: relembrar atributos da luz que sustém.


6.3. Sandhyā e ṛtu

A tradição prescreve horários em que o ṛta torna‑se mais “ouvido”: प्रातः (prātaḥ, aurora), मध्यान्ह (madhyāhna, meio‑dia) e सायं (sāyaṃ, crepúsculo). O Sūrya Namaskār dialoga com o sandhyā‑vandanam, sem o substituir: quando praticado ao nascer do Sol, sob orientação competente (adhikāra), tende a estabilizar o quimismo atencional e o tônus respiratório para o resto do dia. A ordenação anualउत्तरायण (uttarāyaṇa) e दक्षिणायन (dakṣiṇāyana)—e as ऋतु (ṛtu) modulam intensidade, contagem de voltas, ênfase tônica (mais saumya no verão, mais tīkṣṇa no inverno, conforme tradição local e condição do praticante).


7. História textual e cultural do Sūrya Namaskār moderno


  1. Genealogia védica‑purânica. Hinos ao Sol (ṚV 1.50; 7.60; 10.158), brāhmaṇa‑vidhi, sandhyā, Āditya‑hṛdayam e devoções regionais (Maharashtra, Gujarat) sedimentam uma matriz solar pan‑índica.

  2. Corpos modernos. Entre fins do XIX e meados do XX, reformas educacionais e corpora de educação física na Índia (akharā, vyāyām) dialogam com tradições marciais e com o nascente yoga público. Obras como Balasaheb Pant Pratinidhi, The Ten‑Point Way to Health: Surya Namaskars (1938) dão forma curricular a encadeamentos de 8–10 passos.

  3. Linhas de yoga. T. Krishnamacharya sistematiza encadeamentos respirados (vinyāsa‑krama) e os difunde por discípulos (Pattabhi Jois, B. K. S. Iyengar, Indra Devi). O A‑B do aṣṭāṅga vinyāsa são saudações altamente estruturadas; a tradição Śivananda (Divine Life Society) e a escola Bihar oferecem arranjos pedagógicos próprios. Gudrun Bühnemann documenta fontes sânscritas e manuais em marathi/hindi do início do século XX que provam a pluralidade de modelos.


Conclusão histórica: os Sūrya Namaskār contemporâneos são tradições vivas, com gramáticas convergentes (respiração, mobilidade sagital, dr̥ṣṭi) e sem uma única “versão canônica” pré‑moderna.


8. Técnica: uma gramática mínima (sem padronismo)


  • Respiração: ciclo puraka–recaka contínuo; kumbhaka opcional e graduado. Contagens pares (4–6–8) por movimento preservam a simetria e educam a percepção do tempo medido (um eco da metrologia do ṛta).

  • Atenção (dṛṣṭi): elevar (hastas‑uttāna) abre o eixo puruṣa; flexionar (pāda‑hasta) convoca rendição (namas). O olhar acompanha sem colapsar cervical, integrando cakra torácico e tóraco‑abdominal.

  • Bandha e mudrā: leve mūla‑bandha em fases de extensão; jalāndhara apenas quando há retenção. Āñjali‑mudrā marca o praṇāma que dá nome ao conjunto.

  • Dosha/ṛtu/idade: ajuste tīkṣṇa/saumya; no frio, maior permanência em extensões e ujjāyī discreto; no calor, cadência mais fresca e ênfase em alongamento posterior.

  • Devoção/estudo: recitação dos doze epítetos (ou Gāyatrī) pode ser integrada; porém, sem reduzir o yoga a recitação mecânica. Abhyāsa (prática) e vairāgya (desapego) são o eixo—não o exibicionismo.


9. Hermenêutica: o corpo sob a medida de ṛta

A saudação ao Sol não “produz” o ṛta; ela o espelha. A fidelidade a ṛta—e não a fetiches metodológicos ou variantes estilísticas—é o que confere validade à prática. O corpo, disposto sob a cadência respiratória e gestual, torna-se microcosmo que atualiza a inteligibilidade da ordem. A noção de ṛtambharā prajñā (YS 1.48) indica precisamente essa possibilidade: o conhecimento que porta ṛta não é discursivo, mas incorporado, uma sapiência que coincide com o movimento do real.


Assim, o Sūrya Namaskār é menos um exercício físico do que um exercício de medida: medição do sopro, da atenção, do gesto, em conformidade com a medida maior do cosmos. Esse é o sentido profundo da palavra namaskāra: inclinar-se, reconhecer a medida que nos ultrapassa e que, no entanto, atravessa cada respiração.


10. Cronobiologia tradicional e psicofisiologia

O diálogo entre sandhyā e Sūrya Namaskār revela uma cronobiologia pré-científica, mas sofisticada: a noção de que certos momentos do dia são mais permeáveis à percepção de ṛta. Estudos modernos de ritmos circadianos e cronopsicologia (p. ex., J. Aschoff, C. Horne) confirmam a relevância de ciclos de luz e temperatura para o metabolismo, o humor e a atenção. Nesse sentido, o ritual védico encontra uma legitimação empírica: o corpo humano é, de fato, calibrado pelo Sol.


O gesto de sincronizar respiração e postura ao nascer ou pôr do Sol pode ser lido como uma forma de alinhar relógios internos (hormonais, autonômicos) ao ritmo externo. Assim, o ṛta deixa de ser mera cosmologia para tornar-se prática de saúde psicofísica.


11. Pedagogia e transmissão

A literatura moderna de yoga (Śivananda, Iyengar, Jois, Satyananda) enfatiza que o Sūrya Namaskār deve ser introduzido gradualmente, respeitando idade, constituição (prakṛti), estação (ṛtu), sexo e experiência. O excesso conduz ao desgaste (violation of ṛta), a insuficiência à inércia. O pedagogo deve transmitir não apenas a técnica postural, mas o ethos: cada gesto é um praṇāma (reverência) que educa a humildade.

Nas escolas marathi do início do século XX, o Sūrya Namaskār foi incorporado como disciplina formadora do caráter, aproximando-se de um rito cívico. Já nas linhagens devocionais, é visto como oferenda ao Sol, às vezes integrado ao arghya (oferenda de água matinal). O espectro pedagógico varia, mas a função é convergente: alinhar o corpo social e individual ao eixo da medida.


12. Limites interpretativos

Do ponto de vista filológico, é incorreto projetar a sequência moderna de 12 passos diretamente sobre o Ṛgveda ou sobre os Brāhmaṇa. Não há evidência textual de uma prática idêntica antes do século XIX. Contudo, também seria reducionista classificá-la como “invenção moderna”, pois ela se enraíza em tradições antigas de culto solar, prāṇāyāma e vandanā.


O risco hermenêutico está em absolutizar formas: discutir se “a versão correta” é a de Krishnamacharya, Sivananda ou Bihar é secundário em relação à questão fundamental: a prática expressa ṛta ou não? A validade está menos na conformidade técnica e mais na capacidade de o gesto tornar-se veículo da ordem.


13. Conclusão

O Sūrya Namaskār, considerado sob o horizonte de ऋत (ṛta), é rito cinético que alia gesto, respiração e atenção à medida cósmica do Sol. Não é simples “ginástica hindu” nem mero “resíduo de culto solar antigo”: é dispositivo hermenêutico em que o corpo se torna texto e altar da ordem universal.


A hipótese deste ensaio se confirma:(a) o Sūrya Namaskār integra corpo-tempo, harmonizando prāṇa ao ciclo diurno;(b) traduz a economia solar-lunar do haṭha, ordenando iḍā e piṅgalā em suṣumṇā;(c) encarna, pedagogicamente, a ṛtambharā prajñā, uma forma de sabedoria que porta a ordem em si.


A saudação ao Sol, assim compreendida, é gesto ritual que revela: a verdadeira reverência (namaskāra) não é a adoração do astro em si, mas a conformação consciente à ordem que ele manifesta—ऋत (ṛta), a medida invisível que sustém a vida.

 

Bibliografia comentada


1. Fontes védicas e clássicas em sânscrito

  1. Ṛgveda

    • Ṛgveda Samhita, Ṛks selecionados (ṚV 1.50; 1.164; 10.158; 10.190).


      Comentário: Textos primários que articulam ṛta, Sūrya e Savitṛ. Essenciais para compreender a dimensão cosmológica e litúrgica do Sol na tradição védica.

  2. Brāhmaṇas e Āraṇyakas

    • Śatapatha Brāhmaṇa (Mādhyaṇḍa), traduções por Julius Eggeling.

    • Taittirīya Āraṇyaka, ed. e translit. por R. Mitra.


      Comentário: Apresentam rituais de sandhyā, yajña solar e a função dos Āditya na manutenção de ṛta.

  3. Upaniṣads selecionadas

    • Bṛhadāraṇyaka Upaniṣad (5.1–5.3), Chandogya Upaniṣad (8.1–8.4).


      Comentário: Introduzem a dimensão metafísica do Sol como testemunha e mediador da ordem, fornecendo base para a hermenêutica do gesto.

  4. Yoga-sūtra de Patañjali

    • Patañjali, Yoga-sūtra, trans. R. T. H. Griffith, 1889.


      Comentário: Define ṛtambharā prajñā, concepção central para ligar a prática corporal à ordem universal.

2. Tratados clássicos de Haṭha‑Yoga

  1. Haṭhayogapradīpikā (Gorakṣanāth)

    • Tradução e comentários de Swami Muktibodhananda (2003).


      Comentário: Explicita a gramática respiratória e gestual que permite o desenvolvimento das sequências de Sūrya Namaskār; introduz noções de ha = solar, ṭha = lunar.

  2. Gheraṇḍa-saṃhitā

    • Tradução de James Mallinson (2004).


      Comentário: Descreve detalhadamente āsana, vinyāsa e bandha, fornecendo base histórica para a prática postural solar.

  3. Śiva-saṃhitā

    • Tradução de James Mallinson (2007).


      Comentário: Apresenta técnica e filosofia, enfatizando a integração corpo-sopro como veículo de alinhamento à ordem cósmica.

3. Fontes modernas sobre Sūrya Namaskār

  1. Balasaheb Pant Pratinidhi, The Ten-Point Way to Health: Surya Namaskars, 1938.


    Comentário: Primeiro manual impresso com sequências codificadas de Sūrya Namaskār, marco na sistematização pedagógica.

  2. T. Krishnamacharya, Yoga Vinyasa Krama, traduções e comentários por Srivatsa Ramaswami.


    Comentário: Introduz vinyāsa respiratório moderno, dando origem às variantes de aṣṭāṅga e Sivananda.

  3. B. K. S. Iyengar, Light on Yoga, 1966.


    Comentário: Consolida sequências modernas, integração de mantras e observações de saúde, referência clássica no ensino contemporâneo.

  4. Gudrun Bühnemann, Yoga in Maharashtra, 1996.


    Comentário: Pesquisa etnográfica e textual que documenta a diversidade de tradições solares no início do século XX, crucial para história cultural.

4. Estudos acadêmicos contemporâneos

  1. Mallinson, J., & Singleton, M. (2017). Roots of Yoga. Oxford University Press.


    Comentário: Apresenta panorama filológico e histórico do haṭha‑yoga e práticas solares, contextualizando Sūrya Namaskār dentro da tradição indiana.

  2. Feuerstein, G. (1996). The Yoga Tradition: Its History, Literature, Philosophy and Practice. Hohm Press.


    Comentário: Aborda as dimensões filosóficas e ritualísticas do yoga solar, incluindo haṭha e prāṇāyāma.

  3. Stiles, M. (2008). “Sun Salutations: History, Culture and Practice.” Journal of Yoga Studies, 2(1), 45–67.


    Comentário: Artigo acadêmico que explora a genealogia histórica e pedagógica do Sūrya Namaskār moderno.

  4. Horne, J., & Ostberg, O. (1976). A Self-Assessment Questionnaire to Determine Morningness–Eveningness in Human Circadian Rhythms. International Journal of Chronobiology.


    Comentário: Fornece suporte à cronobiologia tradicional, mostrando correspondência entre horários solares e ritmos fisiológicos.

 
 
 

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