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Pūrṇimā Namaskāra (पूर्णिमा नमस्कार): A Saudação à Plenitude no Método INatha.

  • Foto do escritor: INatha
    INatha
  • 1 de set.
  • 2 min de leitura

No coração do Método INatha, nasce um gesto especial: o Pūrṇimā Namaskāra (Saudação à Plenitude). Ele se realiza no ápice do ciclo lunar, no esplendor da lua cheia (Pūrṇimā – पूर्णिमा), como coroamento do processo de purificação e integração que se estende ao longo de todo o mês.


Enquanto o Sūrya Namaskāra (सूर्य नमस्कार – Saudação ao Sol), o Candra Namaskāra (चन्द्र नमस्कार – Saudação à Lua) e o Soma Namaskāra (सोम नमस्कार – Saudação à Energia do Silêncio) se distribuem ao longo do ciclo luni/solar em dias específicos, a lua cheia reúne todos em um só gesto.


O Pūrṇimā Namaskāra é a integração suprema — não apenas a soma das três práticas, mas a sua fusão alquímica.


O ápice do Eixo Ritual – Integração suprema

O quarto e último encontro do ciclo mensal é a lua cheia, quando todas as energias cultivadas anteriormente convergem em plenitude. Nesse dia, realiza-se a grande síntese:


  • Sūrya Namaskāra (सूर्य नमस्कार) – desperta a energia solar, ativa, afirmativa, que se expressa pelo fluxo de piṅgalā nāḍī (पिङ्गला नाडी);


  • Candra Namaskāra (चन्द्र नमस्कार) – abre o corpo e a mente para a receptividade lunar, o frescor e o fluxo de iḍā nāḍī (इडा नाडी);


  • Soma Namaskāra (सोम नमस्कार) – recolhe e transcende ambos os polos, sustentando-os no silêncio vital da suṣumṇā nāḍī (सुषुम्णा नाडी).


No Pūrṇimā Namaskāra, Sol, Lua e Soma já não se apresentam como gestos separados, mas como um único fluxo contínuo em que polaridade e síntese dançam juntas no espaço da consciência expandida.


A tríplice coroa da existência

O Pūrṇimā Namaskāra simboliza o momento em que:


  • o silêncio do Soma encontra a

  • a luz do Sol e a

  • a suavidade da Lua.


Essa tríplice integração configura o eixo fundamental da existência:


  • Sūrya – consciência ativa, calor, clareza;

  • Candra – receptividade, frescor, fluxo;

  • Soma – silêncio, plenitude, transcendência.


Assim, a lua cheia coroa o ciclo mensal como ápice ritual, em que corpo, energia, mente e espírito se tornam veículo da unidade cósmica.


Praticar a Plenitude

Praticar o Pūrṇimā Namaskāra é celebrar a totalidade. É permitir que a energia solar e a energia lunar, tão essenciais para o equilíbrio humano, encontrem sua síntese no silêncio transcendente do Soma.


Não se trata de mera sequência física ou repetição mecânica, mas de um rito interior que expressa a plenitude do ser em ressonância com a plenitude do cosmos.


O praticante, ao realizar o Pūrṇimā Namaskāra, aprende a habitar o instante em que tudo se completa, reconhecendo-se como parte da dança universal.


Pūrṇimā Namaskāra – A Saudação à Plenitude é o ápice dos Namaskramas do Método INatha: um gesto cósmico em que Sūrya, Candra e Soma se revelam como uma única respiração da totalidade.

 
 
 

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